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Big Data e Plataformas Globais: Capitalismo Disruptivo, Ideologia e Alienação.

  • Foto do escritor: Alexandre Lombardi dos Santos
    Alexandre Lombardi dos Santos
  • 8 de nov.
  • 2 min de leitura
todos conectafdos ao clogo que comanda todas as ações
Capitalismo disruptivo, ideologia e alienação

Inicio este artigo, já esclarecendo que não se trata de subestimar ou ir contra às plataformas globais. Mas sim esclarecer e re(visitar) o que acontece e o que está por vir. Analisa a relação entre algoritmos, Big Data e plataformas globais e capitalismo disruptivo e predatório contemporâneo.

Argumenta-se que esses elementos tecnológicos não são neutros, mas funcionam como instrumentos centrais para a produção de ideologia e alienação. A lógica algorítmica, associada à mercantilização de dados e à concentração de poder em plataformas digitais, intensifica a manipulação simbólica e reforça a naturalização da lógica do mercado como única forma de organização social. Conclui-se que compreender essas dinâmicas é essencial para enfrentar os riscos à democracia e à autonomia individual no século XXI.

Palavras-chave: algoritmos; Big Data; plataformas digitais; capitalismo disruptivo; ideologia; alienação.

A comunicação de massa sempre esteve ligada às estruturas económicas e políticas. No século XXI, o avanço das tecnologias digitais e a consolidação das plataformas globais transformaram a lógica do capitalismo, tornando-o disruptivo e predatório. Essa transformação não se limita à esfera econômica, mas invade a dimensão simbólica e subjetiva, capturando atenção e moldando comportamentos. Este artigo analisará como algoritmos, Big Data e plataformas digitais operam como mecanismos ideológicos, produzindo novas formas de alienação.

Os algoritmos são mediadores invisíveis que definem o que é visto, discutido e desejado. Longe de serem neutros, eles priorizam conteúdos que maximizam engajamento e lucro, criando bolhas informacionais e reforçando crenças existentes. Essa lógica invisível molda percepções sem que o usuário perceba, gerando alienação digital: o indivíduo acredita estar a exercer autonomia, mas suas escolhas são guiadas por sistemas opacos.

O Big Data, no que lhe concerne, coleta e analisa dados comportamentais para prever e induzir ações. Essa prática transforma emoções, hábitos e relações em mercadoria, convertendo atenção em capital. O capitalismo predatório utiliza esses dados para criar publicidade personalizada, que atua como uma 'injeção simbólica', explorando vulnerabilidades cognitivas e reforçando padrões de consumo.

As plataformas globais concentram poder econômico e simbólico em escala planetária. Empresas como Google, Meta e Amazon não somente intermedeiam comunicação, mas definem agendas, orientando debates sociais conforme interesses corporativos. Essa centralização reforça uma ideologia que naturaliza a lógica do mercado como única forma de organização social, inviabilizando alternativas e aprofundando a alienação.O discurso da inovação e da disrupção oculta práticas predatórias: exploração de dados, precarização do trabalho e manipulação simbólica. A alienação assume novas formas: o indivíduo se vê como livre e conectado, mas está preso a sistemas que capturam a sua atenção e moldam sua visão de mundo.

A análise demonstra que algoritmos, Big Data e plataformas globais não são somente ferramentas tecnológicas, mas dispositivos ideológicos que sustentam o capitalismo disruptivo e predatório. Ao capturar atenção e moldar subjetividades, esses mecanismos intensificam a alienação e reforçam a naturalização da lógica mercantil. Compreender essas dinâmicas é fundamental para desenvolver estratégias de resistência e promover uma comunicação ética e democrática.


Referências


LASSWELL, Harold. Propaganda Technique in the World War. New York: Knopf, 1927.

McCOMBS, Maxwell; SHAW, Donald. The Agenda-Setting Function of Mass Media. Public Opinion Quarterly, 1972.

ZUBOFF, Shoshana. The Age of Surveillance Capitalism. New York: PublicAffairs, 2019.

GERBASI, Vinicius Aleixo. Fascismo, técnica e capitalismo. LavraPalavra, 2023.

SILVA, Franklin Leopoldo e. Martin Heidegger e a técnica. SciELO Brasil, 2010.

 
 
 

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