Energia e Esperança
- Alexandre Lombardi dos Santos
- 20 de dez. de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 23 de dez. de 2024

A perda total de tudo, resulta em um "buraco" existencial, que pode ser devastador.
Neste cenário, a esperança pode emergir como um mecanismo de autoproteção do cérebro, como um impulso intrínseco para a sobrevivência. O cérebro, ao tentar proteger a psique de um colapso total, se agarra à possibilidade de que as coisas possam melhorar, mesmo que essa perspectiva pareça otimista, distante ou ilusória.
Contudo, nutrir essa esperança, especialmente quando a realidade se revela implacável, requer um grande esforço mental e emocional. É como se o cérebro estivesse em constante batalha contra a evidência, tentando manter viva uma chama que corre o risco de se apagar a qualquer momento.
E, assim como qualquer esforço prolongado, essa luta pela esperança consome energia, uma energia que, em dado momento, pode se esgotar. Quando isso ocorre, o autoengano se torna insustentável e a esperança, que antes servia como um escudo protetor, se dissipou, dando lugar ao desespero e à sensação de vazio.
É fundamental reconhecer que a esperança, mesmo quando se assemelha a um autoengano, pode desempenhar um papel crucial em momentos de crise. Ela pode fornecer a força necessária para avançar, explorar alternativas e resistir à dor e ao desespero.
No entanto, é preciso ter cuidado para que essa esperança não se transforme em uma fuga da realidade, e um obstáculo para a aceitação e a superação do trauma.
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