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O Silêncio de uma ausência

  • Foto do escritor: Alexandre Lombardi dos Santos
    Alexandre Lombardi dos Santos
  • 23 de dez. de 2024
  • 14 min de leitura

Atualizado: 14 de fev.

O Silêncio de uma ausência
O Silêncio de uma ausência

"...Há três anos, os vínculos com uma pessoa que me era muito querida foram rompidos. Infelizmente desta vez ficarei muito mais tempo sem olhar esses escritos primeiro é porque não me agradam segundo porque ninguém sabe o que pode acontecer no futuro né. Curiosamente, essa não foi a primeira vez que tal situação se apresentou.

O afastamento inicial ocorreu quando sua mãe a levou, ainda em tenra idade, apesar de meus esforços , pra manter a proximidade com a menina, incluindo a proposta de arcar com todas as despesas e me mudar para residir nas proximidades da casa da minha filha. afinal sabíamos que a determinado momento nós dois acabaríamos chegando à conclusão de que a infelicidade da minha filha não deveria ser culpa nossa então eu propôs morar próximo pagar as despesas para ela e na época eu tinha condições e durante um bom tempo depois e ficar próximo da minha filha para me ver chegar todos os dias do trabalho .


Me lembro ainda, que, em um determinado momento, ainda casados, a mãe mencionou a forte ligação emocional que eu nutria por nossa filha, algo que ela percebia com clareza. Imagine só ela lavando meu cabelo na garagem fazendo dela o salão de beleza... Ou então brincando de desenhar ou de casinha, aonde você imagina como era né !! Ela queria fazer a casinha e eu juntava os dois sofás fazia a casinha aí ela colocava todos os bichinhos dela dentro e só cabia a minha cabeça lá dentro. Ficar vamos brincando muito tempo assim eu só com a cabeça de fora da casinha..,... Fico imaginando que os bichinhos dela tinha alguma precedência com relação a mim, acho que sim né


A segunda ruptura, à qual me refiri inicialmente, foi-me tão dolorosa quanto a primeira, embora de uma forma um pouco diferente. Desde a separação, busquei encontrá-la semanalmente, sem faltar uma única vez. Sempre nos divertíamos juntos, frequentando o cinema, o teatro, parques e diversos outros lugares que ela gostava., porque não queria que ela ficasse em casa naquele ambiente lembrando como era então saímos bastante imagine que fomos assistir fantasma da ópera umas três vezes e um outro bichinho lá que come mel umas duas vezes não me lembro o nome....

Não gostaria de repetir nem de mencionar essa parte da história porque me cansa muita tristeza. Eu já sabia a umas duas semanas atrás que a mãe dela tinha chamado ela para sair o motivo da minha percepção foi que ela estava agitada não queria sentar parecendo querer ir embora e ela nunca veio em casa e ficou desse jeito sempre ficou muito bem querendo ficar sem ninguém obrigando e se divertindo e etc. Até a ocasião eu não sabia o que era mas aí eu perguntei a ela o que estava acontecendo para minha surpresa fui informada de que a mãe dela tinha chamado ela para ir ao shopping Tamboré assim que eu voltasse com ela da minha casa e eles iriam. Aí só me bastou imaginar que o motivo seria esse ela estava inquieta porque obviamente ainda mais ela gostava de sair então não via a hora de ir embora para poder sair com a mãe. Esse episódio passou eu não consegui falar com a mãe durante a semana durante várias tentativas mas na semana seguinte percebi ela do mesmo jeito. Então liguei para a mãe dela e questionei se a mãe dela tinha chamado ela para sair para algum lugar e a mãe disse que não. Então questionei se a mãe sabia o porquê dela estar desse jeito e aí a mãe me informou porque sempre houve um problema de diálogo entre a mãe e qualquer pessoa ela não conseguia se expor conversar dizer o que acontecia e deixava os problemas rolarem e aí depois obviamente ficariam piores né, fala tu é que por mais que implorasse perguntasse e dissesse que aquilo era importante eu não fiquei sabendo o motivo. Eu dizia basta você me dizer vamos resolver juntos... Não houve declínio por parte dela e ela se negou peremptoriamente a me dizer o motivo do porque a Sofia não querer ficar em casa mais. Essa palavra mais é uma palavra muito chocante para mim porque significava que ela não queria ir mais não ia acontecer mais nada que acontecia antes que era muito legal não íamos sair mais e eu não me aguentava de ansiedade e de preocupação de saber o motivo mas não me falaram.

Inclusive umas duas semanas depois de ela recusar eu chamei a polícia eu tirei foto inclusive não para obrigar a minha filha a ir junto comigo mas sim obrigada a mãe a se sentir acuada e me dizer o que estava acontecendo o que também não ocorreu por incrível que pareça a mãe também chamou a polícia eu não sei para quê mas chamou.


Definitivamente então, ela manifestou o desejo mesmo como não previa jamais de não me ver mais. Permanece a dúvida se essa decisão partiu dela ou se foi influenciada por outrem. Tínhamos um vínculo profundo e significativo, uma conexão genuína. No entanto, de maneira abrupta, ela se afastou a razão desse distanciamento nunca me foi esclarecida, nem por ela, nem por qualquer pessoa próxima. Antes eu e meu sogro que infelizmente havia falecido alguns anos tinhamos muita proximidade e gostávamos um do outro tanto que fizemos a casa que passamos a morar praticamente juntos fico imaginando agora o que ele pensaria sobre uma situação dessa eu acho que isso nem passava nunca pela cabeça dele como nunca passou pela minha também a minha própria filha não querer ver o pai...


Embora eu soubesse onde ela morava, fui claramente informado de que minha presença não era bem-vinda. Em várias ocasiões, busquei entender os motivos que levaram a essa ruptura, mas minhas indagações sempre foram recebidas com silêncio. Seria, portanto, mais prudente evitar aprofundar-me nessas reflexões? Ao meu entender mas aí eu só posso cositar não tenho como saber é que eu ouvi uma lavagem cerebral eu diria na minha filha eu queria usar uma palavra mais forte do que alienação parental por isso usei essa frase acima porque o que foi feito foi à beira da loucura da insanidade crueldade de alguém a Sofia não faria isso sozinha simplesmente alguém dizendo para ela todo dia não vai lá porque o sapo vai te pegar alguma coisa assim mentalmente já era bastante consciente das coisas então se me perguntassem eu diria que como nosso prisioneiros do Vietnã durante cinco anos fizeram a minha filha de refém dizendo a ela o que fazer e o que não fazer e ameaçando com relação a mim para ela ter essa atitude que ela teve comigo não foi uma coisa simples assim ouve alienação parental por parte da mãe e tudo ok não definitivamente não o que houve para mim sem dúvida foi um processo de manipulação no nível mais baixo que eu posso imaginar. Sabe aqueles filmes do FBI aonde o policial é treinado durante anos para fazer uma coisa e chega o momento e ele realmente faz o que tinha que ser feito nos mínimos detalhes para mim foi isso que aconteceu a minha filha tinha data e tinha hora que tinha lugar para começar a dizer que não queria mais ficar com o pai.... Não consigo imaginar nada fora desse teatro.




Ao ponderar sobre as possíveis causas, fui levado a crer que se tratava de um evento de extrema gravidade. Porém ao refletir e pensar cheguei a conclusão de que não.


O problema reside na minha absoluta certeza de não ter havido qualquer ocorrência dessa magnitude, algo que justificasse o término dessa ligação, causando-me tamanha angústia e um sentimento de punição. Eu não sou engraçado em questões jurídicas mas mesmo que estejam correndo em uma aqui em possivelmente fazer uma acusação sem ter prova não sei eu Ah estou fazendo agora e repetindo porque não acredito que posso ter coisa pior do que eu passei que foi a ausência duas vezes na minha filha sendo que a última injustificada emuito estranha por sinal. E acrescentando a isso ainda o fato de que não havia nenhum problema de briga de relacionamento entre eu e a mãe nós não falávamos muito mas não tínhamos muito atrito quase nenhum então eu desafio quem disser o contrário de que minha filha não foi subjugada durante tanto tempo a fazer o que fez que prove que isso não aconteceu porque eu continuo dizendo que tem que ter acontecido alguma coisa ou algo no mínimo de extrema gravidade que eu fiquei a revelia. Ela fala 14 anos que farão 4 anos que eu não vejo o último aniversário dela foi às 9 anos em casa.


Restam-me lembranças imensuráveis da felicidade que compartilhamos antes e após a separação. Eu a ensinei a nadar, ou pelo menos a perder o medo da água. Recordo-me dela, ainda durante o casamento, lavando meu cabelo em uma bacia, estávamos brincando de cabeleireiro.


Naquela época, sempre que eu chegava, ela pedia à mãe para me encontrar, mas sempre se escondia no mesmo lugar. Frequentamos vários lugares juntos, tanto durante o casamento quanto após a separação. Ensinei-a a acender seu primeiro fósforo e a andar de patinete. Saímos na chuva juntos pela primeira vez e brincamos de casinha. Eu a divertia constantemente. Mas maís do que isso, e aí reside minha incompreensão e grande fonte de sofrimento, eu sempre procurei e acredito ter sido bem sucedido, ser um bom pai. Eu não só brincava com ela, mas eu troquei muita fralda, fiz lição de casa, incentivei ela a se engajar no aprendizado de inglês. Ninguém da minha família nem da parte da mae, acredito que teria coragem de dizer o contrário.

Orgulho-me de que, enquanto estávamos casados, nunca colocamos um tablet ou celular à sua frente quando saíamos, uma prática que, os pais deveriam evitar, mas essa é apenas a minha visão pessoal.


Durante os cinco anos seguintes à separação, residi em três lugares diferentes, sempre mantendo uma cama extra e os pertences dela que ficaram comigo. No entanto, ela nunca dormiu estando comigo ou foi a festas de amigos sem a presença de sua mãe. Isso me fez perceber que o problema não estava comigo, exatamente. Após ela partir com a mãe, acredito que ela permaneceu assim por um bom tempo.


Cansado de providenciar camas, na expectativa de que ela as usasse parei de fazê-lo. em determinado momento. após sua segunda partida. Buscava-a na casa da mãe, religiosamente a cada quinze dias, para passarmos o fim de semana juntos, mas isso não acontecia.

Eu ia toda semana, pois ela permanecia um dia no lar, já que não dormia; logo, a buscava. Assim, eu a pegava pela manhã e a levava de volta para casa no final da tarde. Fiz isso semanalmente, com satisfação e uma persistência inimaginável de carregar camas sabendo que sua filha não iria usá-las, durante cinco anos. Você pode me questionar o motivo simples eu jamais queria que acontecesse de eu não estar com uma cama lá ela dissesse que sim que dormiria lá mas eu estivesse sem a cama. Então posso garantir que isso nunca aconteceu ela nunca quis dormir e nunca que ela quis dormir eu estava sem cama porque ela nunca quis mesmo.


É importante reconhecer que a percepção da realidade é subjetiva e que, para mim, pode não ter grande relevância, para ela pode ter adquirido proporções imensuráveis. Essa incerteza apenas intensifica meu sofrimento. Todas as minhas memórias com ela são invariavelmente positivas. Seria, portanto, mais sensato abster-me de tais pensamentos? Acredito que seja difícil porque para mim praticamente tratava-se de um luto a cada semana buscar e levar e depois vira um luto eterno sem saber o motivo eu não consigo imaginar um terror pior do que esse para um pai que ama uma filha.


Anteriormente, costumava acompanhar suas atualizações nas redes sociais, buscando indícios de sua vida.

Ela se tornava progressivamente mais bela, e estou convencido sobre as características que eu admirava nela apenas se intensificaram ao longo do tempo. o fato disso ter acontecido me impactou profundamente a ponto de que hoje não consigo mais a assistir a nenhum desenho, ir a lugares, como ao cinema por exemplo, comer certas coisas. E também de fazer muitas outras coisas. Me causa profunda tristeza por exemplo passar próximo a um parque no Jardim Cruzeiro onde íamos brincar sempre porque fico imaginando como estaríamos nós dois lá é isso é dilacerante para a alma. Estava saindo de uma depressão, mas tive uma recaída totalmente incapacitante. Dois anos após a separação, mesmo ficando com ela toda semana, o que para mim era ao mesmo tempo a melhor e a pior coisa. Porque ao pegá-la ficava muito feliz mas ao devolvê-la sabia que a tristeza se instalaria durante uma semana inteira, até vê-la novamente. Eu vivia um processo de luto toda semana. Conforme dizia, dois anos após a separação e vivendo essa angústia, tive uma úlcera perfurativa, tendo que der operado as pressas,e,o médico confirmou se tratar de úlcera nervosa. Entrei em outra depressão, mas mesmo assim levantava da cama um dia na semana. Para pegar minha filha. E me esforçava pra que ela não percebesse que estava doente. Continuei a sair com ela , fazer as mesmas coisas.

Quando ela deixou de me ver, aí a depressão se. Instalou de vez. Não consegui arrumar emprego desde a separação. Depressão, cirurgia, depressão, outra internação decorrente da primeira, o abandono que sofri da minha filha, sem saber o motivo, depressão novamente...que a cada vez vem com mais força. Imagino que tenha sido igual a depressão que a mãe teve após o parto e que não fiquei sabendo porque ela não me contou.

No momento estou ainda com depressão severa, não consigo arrumar emprego, pois os três últimos fiquei no máximo 3 meses, por não conseguir desempenhar as atividades. Logo após a separação da minha filha e do casamento 2 anos depois tive uma úlcera nervosa onde quase foi a óbito em decorrência desse problema fiquei mais em torno de um ano e pouco na cama porque esse problema lhe causa extremo dificuldade em andar sair até se recuperar, para piorar o meu caso eu ainda fui medicado com corticoide não sei se a mais não posso inferir nada sobre isso mas tive um problema osteo necrose no joelho o que fui sentir quando estava me recuperando do passado um ano depois tive que ficar deitado sem me mexer durante mais de um ano porque segundo o médico corticoide causa esse efeito ou pode causar que foi o meu caso ou seja já somos aí quatro anos sem poder exercer minha profissão fui chamado três vezes para trabalhar no Bradesco novamente no crédito suíço numa empresa em Jaú mas em nenhuma delas podia ficar mais de 3 meses porque ou a dor é muito grande ou eu brigava ele embora logo e isso não estava ficando legal porque não estava desempenhando minhas atividades.


Infelizmente, não pude compartilhar com ela as dificuldades e alegrias desde nossa separação. Eu costumava olhar com frequência suas fotografias, tanto nas redes sociais quanto aquelas que mantinha comigo, algumas das quais eram de quando ela ainda era criança. Em todas, ela aparecia sempre sorridente e com uma expressão de contentamento. O que poderia ser alegado e pode a qualquer momento eu acredito é que as duas famílias não se davam bem mas isso pode facilmente ser refutado e negado pela quantidade de pessoas que iam nas festas de final de ano em casa em São Roque comemorar com a presença dos vizinhos da frente e etc dos meus primos..... Da Sofia e das crianças que iam junto.... Fora que quando o meu sogro ou seja o pai dela faleceu quem estava cuidando dele na minha casa em São Roque era a minha irmã que inclusive ligou para mim e eu dei notícia a ela que meu sogro havia falecido então como pode ter problema entre duas famílias dessa forma ?não existia.


Contudo, sou assaltado por dúvidas sobre se aquela felicidade retratada era benéfica para mim, ao olhar e relembrar. Por que, ao mesmo tempo que sentia alegre, também experimentava uma tristeza imensa por não a ter mais comigo? Qual seria a causa do seu desaparecimento repentino? O sorriso, devo ressaltar, eu tenho certeza de que não desapareceu. Já a sua presença, sim. É difícil encontrar palavras para expressar essa ausência.


Quando tomei consciência de que a possibilidade de a reencontrar diminuía progressivamente, minha tristeza se intensificou. Percebi que essa tristeza se agravava, sobretudo, ao contemplar as fotos antigas em que aparecíamos juntos, ela ainda criança, sempre alegre e sorridente. Inevitavelmente, eu me transportava para aqueles momentos, mas, ao me dar conta da minha ausência em outros cenários de sua vida atual, a melancolia se apossava de mim. Assim, concluí que seria melhor evitar olhar para essas imagens.


No entanto, a dor da ausência não se dissipa facilmente. É uma sensação análoga à "síndrome do membro fantasma", com a diferença de que a dor não é física, mas emocional. Trata-se de um fardo pesado, que exige grande resiliência para ser suportado.


Fico a ponderar sobre as experiências que poderíamos ter compartilhado, as conversas que poderíamos ter tido, as palavras que poderiam ter sido ditas, mas que permaneceram no silêncio. Mesmo o silêncio, que não chegamos a vivenciar juntos, que sensações ele teria evocado? Suas opiniões sobre certos assuntos continuam as mesmas? Como eu gostaria de saber sua opinião sobre muitas coisas hoje!


Eu seria certamente impactado por sua presença positiva contínua em minha vida. Como eu seria hoje? São questionamentos que me afligem profundamente. Uma certeza de que eu tenho é que seria muito feliz. Agora existem também incertezas, claro.


A incerteza, em muitos casos, é mais dolorosa que o conhecimento factual. Isto desejava ser interrompido. Curiosamente, essa não foi a primeira vez que tal circunstância ocorreu. A separação inicial aconteceu quando sua mãe a levou, ainda em tenra idade, apesar de minhas tentativas de manter a proximidade. Mas foi um estado que nunca desejei para mim, por pior que fosse. Uma forma de não se encontrar preso nesse estado é o conhecimento, o saber.


O sofrimento surge quando se tem plena consciência da própria ignorância. Uma angústia é exacerbada pela consciência de que eu sou diferente hoje. Da mesma forma, ela teria sido moldada por nossa convivência. Interações interpessoais têm um efeito transformador nos indivíduos.


Propus cobrir todas as despesas e me mudar para perto da nossa filha. Durante nosso casamento, a mãe percebeu a forte ligação emocional que eu tinha com ela. A segunda ruptura, tão dolorosa quanto a primeira, foi diferente. Após a separação, fui vê-la semanalmente. Sempre nos divertíamos.


A dor é intensificada pela ideia de que eu seria outra pessoa hoje, assim como ela. Nossa convivência teria nos moldados, já que as interações interpessoais têm um efeito transformador. Luto intensamente com a sensação de que eu poderia ser diferente hoje, talvez uma pessoa distinta. Da mesma forma, ela teria sido moldada por nossa convivência.


As interações interpessoais têm um efeito transformador nos indivíduos. Contudo, essas comunicações, ou até esse sofrimento, quanto mais se convive, se aprende, se aborrece, milhões de outras coisas, ele, acredite, ao final do dia se transformará em alegria e felicidade. Foi-me negada essa alegria, essa interação.


O aspecto mais desolador dessa situação é do que tudo isso pertence ao passado. Não há como resgatar a felicidade que poderíamos ter vivenciado juntos no último Natal, ou em qualquer outra celebração. É uma realidade imutável, mesmo que me fosse relatada em detalhes.


Essa constatação torna a situação ainda mais penosa, pois implica a impossibilidade de recuperar o tempo perdido. É como se todas essas experiências potenciais estivessem perdidas em um vazio, um espaço que, embora reconheçamos sua existência, é inacessível. Esse vazio é persistente, perpétuo, sendo constantemente preenchido por uma ausência palpável.


E as perguntas persistem: onde ela estará agora? Será que ela está feliz? Sou incapaz de compartilhar dessa felicidade, que certamente teria um efeito positivo sobre mim também. No fim das contas, me vejo imerso em um mar de incertezas, mas um vazio que permanece insatisfeito.


Um pai órfão de uma filha. Apesar de essa frase se encaixar em minha vida hoje, não consigo assimilar. Não, eu e minha filha, depois do que passamos juntos, não podemos terminar assim.


Será que cometi algum erro? Poderia ter havido algum mal-entendido? Será que vale a pena persistir na esperança de um dia obter respostas e retomar essa convivência? Sem dúvida, devo ser grato pela possibilidade, ainda que remota, de um reencontro, pois ela está viva.


Mas quanta energia vital estou direcionando para essa expectativa? Quanto sofrimento estou acumulando em virtude de todas essas dúvidas? Agora, opto por me abster dessas reflexões. Se cometi algum equívoco, não terei a chance de retificar, iniciar novamente, ou até mesmo de pedir desculpas. No tempo corrente eu fico pensando se alguém poderia ser capaz de fazer uma coisa dessa mesmo que todas as provas apontem para a mãe o que é pior ainda e não entendem? Nossa como família brigávamos de vez em quando como qualquer família mas não a ponto de ninguém espancar ninguém nem em ninguém nunca nos estapeamos.... em ninguém nada disso.... nunca cheguei a encostar nela nem ela em mim. Como uma pessoa mãe de uma criança que sabe que o pai é importante numa família e sem querer ser o melhor de todos os pais mas eu não era o pior deles eu acho que até me concentrava acima da média como ela pode pensar dessa forma e colocar afastar depor mesmo De joelhos o pai dela ,da filha dela? O que há por trás de toda essa violência que justifique uma coisa dessa de 4 anos que já dura sem eu conseguir ver a minha filha sem a minha ex-esposa ter a obrigação de levar ela em casa que se fosse uma hora por semana e dissesse olha a sua filha? Querendo ou não essa é a pior parte entender...


E a vida segue. É imperativo que siga, como todos costumam dizer.


Por ora, tenho que conviver com o silêncio de uma ausência...."


Relato compartilhado por um amigo durante uma conversa



 
 
 

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